Fonte: https://www.aracaju.se.gov.br/noticias/77395
12/07/18 18h21
Uma caixa de leite longa vida, jogada no lixo, pode virar um porta-lápis colorido ou uma embalagem para presente. E a ação de transformar algo supostamente inútil – e que polui o meio ambiente - em um item bonito e funcional foi uma lição importante repassada a alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Rachel Cortes Rollemberg, localizada no bairro José Conrado de Araújo. Eles participaram, na manhã desta quinta-feira, dia 12, de oficinas de reciclagem com instrutores da Universidade Tiradentes. A iniciativa integra o projeto de Educação Ambiental promovido pelas secretarias municipais de Meio Ambiente, Educação e Saúde, em parceria com a Universidade Tiradentes (Unit) e a Cooperativa de Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care).
O objetivo é claro: desenvolver a consciência das crianças a respeito das questões ambientais e, principalmente, promover mudanças comportamentais relacionadas a sustentabilidade. “Mostramos a eles como uma embalagem usada pode ser reutilizada para outra finalidade. Com uma caixa de leite, papel de presente, barbante e fita adesiva, eles aprenderam a criar uma coisa nova”, explicou Clésia de Santana Santos, oficineira do programa ‘Conduta Consciente’, da Unit. O artesão e professor Wescley Oliveira, instrutor da Unit que também participou da atividade, salientou outro aspecto da atividade. “Além da questão ambiental, incentivamos o empreendedorismo através de uma proposta de geração de renda. Eles descobriram que podem criar coisas a partir de itens descartados, como papel e papelão”, destacou. Sobre a resposta dada pelos alunos e pela equipe, os instrutores foram não vacilaram: “Ficamos muito satisfeitos”, disseram.
Os professores das turmas dos 4° e 5° anos, que participaram das oficinas, gostaram da experiência. “É bastante positiva, pois estimula as crianças a participarem de outras atividades”, avaliou o professor José Fraga Filho. Para a professora Verônica Teles Vieira, mais conhecimento aliado a novas metodologias sempre são bem-vindas. “É muito bom receber projetos de parceiros que se somam ao nosso projeto, ainda há uma carência nesse sentido, então, gostamos de ter essas aulas especiais nas escolas, elas agregam”, afirmou. A professora Edna Souza Araújo ressaltou o aspecto artístico da atividade. “As escolas precisam de mais arte, de mais música, de mais experiências criativas, como essas. É dessa forma que as crianças podem descobrir habilidades e, nós, suas potencialidades”, explicou.
Para a criançada, além de saber quem receberia o mimo feito na aula (todos responderam que eram presentes para suas mães), o dia foi especial. “Eu estou achando massa, nunca tinha tentado fazer nada assim e estou gostando do resultado|”, falou, orgulhosa, Ana Beatriz Leal, de 9 anos. Rian Pereira, também de 9 anos, estava com a lição na ponta da língua. “Aprendi que reciclar é importante para cuidar do meio ambiente”, disse. Outro que aprovou a oficina foi o Luan Gabriel Vasconcelos, 9 (segundo ele, quase 10). “Eles disseram que quando se a gente recicla, a quantidade de lixo diminui nas ruas e que isso diminui a chance dos bueiros entupirem e da rua ficar alagada”, explicou. Na cabeça de Adair Borges foi marcante a informação sobre a gordura. “Na aula eu soube que a gordura jogada no lixo contamina a água”, lembrou. Jasmin Isabely Barbosa, aluna do 4° ano, também gostou. “Eu aprendi muitas coisas e vou falar para os outros sobre isso”, anunciou.
