sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Oficina de Arte com Jornal - Fise 2013


Mais uma convocação da Prof.º Alessandra Monteiro atendida. No dia 28 de novembro eu e Danielle Souza retornamos à FISE – Faculdades Integradas de Sergipe para mais uma oficina explorando a arte com jornal. Como sempre, fomos muito bem recebido por todos, degustar a “Rafinha” no jantar já faz parte das expectativas da viagem de Aracaju à Tobias Barreto, tudo em meio a muita conversa divertida com os demais professores na van.

Os alunos da turma de Pedagogia envolvidos com a proposta da oficina estavam atentos aos procedimentos e surpreenderam com os resultados alcançados. Dessa vez levamos um conteúdo prático voltado para o desenvolvimento da técnica de cestaria com jornal.

Na página da instituição em uma rede social ficou registrado o reconhecimento do nosso trabalho: "Queridos Danielle Souza e Wecsley Oliveira, nós agradecemos todo amor, dedicação e comprometimento que vocês têm dedicado à FISE. Enfatizamos o quesito amor, porque o trabalho que vocês desenvolvem e a forma como o fazem só pode gerar os frutos que nós vivenciamos se for desenvolvido com muito amor no coração. Nos sentimos honrados com cada visita de vocês e já estamos ansiosos por um novo encontro. Um grande abraço."

Sou imensamente grato por essa oportunidade de dividir um pouco do que aprendi, de participar dessa construção de conhecimento e uso prático de um trabalho pelo qual sou apaixonado desde a minha infância que é o artesanato com jornal. Obrigado a Danielle Souza pela parceria, as Profªs Alessandra Monteira e Áurea Aragão e todos que fazem a FISE em Tobias Barreto. Desde já estou maquinando como será a próxima oficina criativa.






 






sexta-feira, 22 de novembro de 2013

"As pessoas querem ver novidade e já estão cansadas de artesanato de jornal".

As vezes a realidade tem um efeito devastador na nossa consciência. Trabalhar fazendo aquilo que ama é um sonho para a maioria das pessoas, e eu vislumbrei esse sonho com artesanato com papel jornal, mas a realidade é um ótimo recurso para esfriar o coração. Acreditei que meu trabalho teria uma boa aceitação comercial, mas me enganei gigantescamente, criei expectativas e todas afundaram nas “poças da orla”. Paciência, afinal, é uma atividade que eu aprecio desenvolver e não pretendo parar, mas pensar em comercialização, jamais... A propósito, a frase título da postagem foi carinhosamente emitida por um profissional do artesanato...

Mas a vida é isso, foi só mais um passo ilusório, uma atitude sem planejamento nem pesquisa que resultou numa ação um tanto constrangedora para quem estava na linha de frente na comercialização. É fato que o nordeste é um celeiro do artesanato brasileiro onde as referências são os bordados, as cerâmicas e as palhas. O artesanato com papel não tem apelo cultural, não conta a história local e por ser tão democrático não é atrativo comercialmente. Quem vem de fora não há de querer comprar arte com jornal no nordeste se o vizinho dele no sul também faz. Por mais que eu faça um acabamento caprichado ou mesmo agregue valores da cultura local, sempre será artesanato com papel e pronto.

Daqui por diante continuarei minha produção num ritmo prazeroso de criação, sem a preocupação constante com a venda. Se mais adiante eu conseguir uma estratégia de comercialização bem, do contrário meus amigos terão presentes artesanais. Agora é hora de direcionar minhas pesquisas e encontrar uma representatividade cultural para meu trabalho, nem que seja no final da vida há de acontecer o reconhecimento... 

De uma coisa tenho certeza, meu trabalho não é nem jamais será em vão, pode não ser comercial, mas vou deixando um legado. Olha a cara do guri tentando repetir os movimentos do tio, e ainda tem minha sobrinha que junto com a avó, minha mãe, não me deixam em paz enquanto estou trabalhando. Uma coisa eu garanto, pode não ser comercial, mas junta a família que é uma beleza.



terça-feira, 19 de novembro de 2013

Está nascendo a Flor de Cactos Artesanatos



Saber fazer várias coisas, ter várias habilidades não significa ter competência suficiente para alcançar sucesso. Afinal, quem atira em várias direções acaba sem um alvo específico. Esse sou eu, tenho inúmeras habilidades e nenhum foco.

Cresci ouvindo que sou inteligente, mas nunca fui direcionado a “ser alguém na vida”. Lembro que minha habilidade com o desenho foi despertada na infância não como algo diferente que fazia, mas sim como uma forma de deixar-me quieto, uma espécie de castigo adocicado. Assim comecei a descobrir o mundo do desenho que mais tarde me trouxe o título de Bacharel em Design Gráfico.

Nas artes, via minha mãe sempre envolvida com tecidos e isopores, fazendo pinturas manuais em roupas e decorando festas infantis. Iniciei nesse processo e comecei a sentir o gostinho bom da responsabilidade de uma renda. Aos 12 anos de idade comecei a ser responsável pelos meus produtos de higiene pessoal, lanches e roupas. Isso me enche de orgulho, mas às vezes tenho a sensação de que queimei fases da infância e pré-adolescência trabalhando.

Tive outras atividades, mas a que sempre me proporcionou maior prazer foi e continua sendo o artesanato. Já fiz coquetel em festa de rua, fui caixa na mercearia do meu pai, atendente de farmácia e atualmente Professor de Educação Tecnológica (Informática e Robótica) numa escola particular. O ofício atual garante meu viver, mas não tranquiliza minha mente deixando-me um tanto desequilibrado. Encontrei na reciclagem de papel jornal um mecanismo de desconstrução e reconstrução, uma forma de meditar e tirar proveito encontrando algumas soluções pertinentes aos dilemas que vivo atualmente. Chegar à comercialização é um grande desafio, pois bem sei que as pessoas apreciam o meu trabalho acham lindo enquanto acreditam ser alguma fibra natural tratada artesanalmente, e quando compreendem que é de jornal espantam-se, “ah! é jornal? Nem parece” e depois disso desvalorizam financeiramente meu trabalho. Por isso, tenho receio e nem sei como comercializar ou mesmo estabelecer valores para o que faço.

Agora a empreitada ficou séria e em parceria com minha irmã Clésia Sabra Santana, temos a possibilidade de comercialização em um ponto privilegiadíssimo aqui em Aracaju, a Feira do Turista, na Orla de Atalaia onde ela conseguiu um espaço para abrir uma loja como nome Flor de Cactos Artesanatos. Estou ajustando a produção ao meu tempo livre, bastante esperançoso dos resultados positivos. Por enquanto, na loja, muitos visitantes admirando o trabalho, identificando o material (jornal), revelando que também fazem um trabalho similar mas venda efetiva são poucas, pouquíssimas. Isso me faz refletir sobre dois pontos: aceitação/rejeição do trabalho ou valores exagerados.

Enquanto a compreensão acerca desse dilema não vem à tona vou enchendo as prateleiras e estantes da loja...






segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Bandejas Natalinas















Caixas Coração








Porta Canetas Rústico





Lixeira Rústica


Jornal trançado duplo e acabamento em verniz.

Fruteira Rústica

Mais um trabalho do Sr. Curupira. Papel jornal com pintura acrílica e verniz.








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